algofeitoàs00:29

tirei as raspas de tristeza
assoprei tudo no ar
vivi a velha história
ouvi canção de ninar

refiz os meus sinceros gestos diários, de vez
despi a vergonha que sempre tive dentro de mim.
lembrei de Deus.
lembrei do amor.
lembrei de Deus.

joguei os ponteiros fora
deixei o tempo pra lá
resolvi viver o agora
pra ver no que dá

refiz os meus sinceros sonhos diários, de vez.
despi a vergonha que sempre tive dentro de mim.
lembrei de Deus.
lembrei do amor.
lembrei de Deus.

um dia no mês.

"Minha vida é tranquila. Passo meus dias pensando se devo ou não seguir as leis da razão ou me deixar levar pelas emoções no coração. Esses dias estava percebendo que todos ao meu redor se sentiam exaustos, entediados pelas mesmas atitudes de todos os dias. E eu não quero ficar assim, vivendo meus dias todos iguais... com os mesmos amigos de sempre, as mesmas conversas, as mesmas reclamações dos meus pais. Quero ter o poder de criar meus dias, com mais aventura e diversão. Não só colando às vezes em skates de amigos e devendo a tia da cantina... quero poder ser criativo comigo e com as pessoas ao meu redor. Minha vontade é mudar o mundo, mudar os conceitos sobre razão e amor. Aliás, o que mais preciso além de um verdadeiro amor? Aquele que vem de dentro, arrepia os pêlos, doendo a espinha. Seja amor de amigo, amor de irmão, amor por si, amor conjugal. Se há amor, eu não tenho nada a perder!"

O Menino e a Menina

Era uma vez um menino. Mas não era mais um menino, dentre todos os meninos no mundo.
Ele era diferente. Falava diferente, pensava diferente. NÃÃO ele não era um debil. Era apenas um menino!
Tinha um sonho de viajar o mundo só para conhecer as árvores... Seus amigos riam dele, quando ele contava esse sonho. Não eram amigos, eram só pessoas que o rodiavam. E até mesmo os verdadeiros amigos o pergutavam:
-Conhecer o mundo por causa das árvores? Isso tem algum sentido?
E o menino ficava sempre calado. Sempre pensando no seu sonho.
Certo dia, conheceu uma menina. Olhos castanhos, pele macia, risada mansa e bonita. E se apaixonou por ela e ela por ele. Ela soube de seu sonho, do mundo, das árvores...
-Mas por que conhecer o mundo por causa de árvores?
-Eu amo você e confio em você. Vou lhe contar sim, mas você precisa esperar.
E a menina o beijou nesse momento.
Dias passaram, anos também. Novamente, a menina pergunta a ele:
-Mas por que conhecer o mundo por causa de árvores?
E o menino voltou a dizer a mesma coisa.
E mais anos e dias e horas passaram... O menino e a menina envelheceram, e continuavam juntos. E a menina mais uma vez perguntou a ele.
-Meu querido, tantos anos se passaram e você ainda não me contou o por que das àrvores fazerem tanto sentido pra você.
-Minha menina, fico feliz por ter esperado tanto tempo, e não ter deixado de me amar por não te contar no primeiro momento em que perguntastes.
Sempre quis viajar o mundo para ver mais àrvores pelo fato de minha mãe antes de morrer me dizer que o seu amor se encontrava nas àrvores de todo o mundo. E quando a perdi, desde criança, sempre quis saborear do seu amor em cada àrvore. Mas, certo dia encontrei uma carta para mim em que ela dizia que seu amor estava sempre comigo, guardado eternamente no meu coração. E que eu não precisava de àrvores para saboreá-lo.
E a menina chorava ao ouvir essas palavras...

Assim eles viveram por muitos e muitos anos. Até morrerem juntos.
E o menino continuou sentindo o amor de sua mãe. E a menina continuou sentindo o amor de seu menino.

O amor

já te pegou? Daquele jeito que te faz sonhar, que te encanta, te incomoda de saudade, te envolve de vontades? Ah o amor... é um sentimento bastante diferente de paixão. Paixão te trás gosto de quero mais, vontade de ter tudo, sentir tudo, envolve gostos e pensamentos quentes, na maioria das vezes.
Mas o AMOR... o amor é algo sereno, é sublime. É intenso e imenso. Aquilo que te inspira, que você respira. O amor te cega, te espera, te confunde, te dispersa. Faz sua respiração ofegante, faz seu coração disparar em instantes. O amor dói, conserta. O amor ensina a ser corajoso, a superar as batalhas diárias. É o sentimento mais puro e mais difícil de sentir.
É tão difícil amar alguém. É tão difícil se doar a alguém, permitir-se a alguém. É tão difícil perceber que você se torna pequeno perto do amor. É tão difícil achar o amor.
Eu procuro ele nas coisas simples, fazendo assim o amor em todo lugar. Nos olhos de alguém, no abraço apertado, no cheiro exausto. É bom amar alguém, mesmo que por um segundo.